quinta-feira, 26 de junho de 2014

CEMITÉRIO MALDITO

Era tarde da noite quando passavam na frente do cemitério.  O casal de namorados trocava carícias  e sorria alegremente, ela ajeitava os cabelos que o vento insistia em revirar. Um vento frio que provocava arrepios, pois não estavam devidamente agasalhados. Caminhavam tranquilamente até ouvirem um grito pedindo socorro, o qual vinha de dentro do cemitério. De início ficaram assustados pensando o que poderia estar acontecendo. Ela só pensava em ir embora rapidamente, já ele estava curioso. Foi quando ouviram o segundo grito, bastante agudo, aparentemente de uma mulher jovem.
Cemitério Alenquer atatatatata
Chegaram perto dos portões, onde ficaram estagnados. Avistaram um ser imóvel, de costas; ouvem o ruído do portão se abrindo lentamente. O vento soprava mais forte nesse momento. As folhas secas das árvores moviam-se pelo chão. Eles desviam o olhar por um segundo e o ser desaparece subitamente.
Ele, cheio de coragem, resolve entrar e dar uma espiada pra ver se descobria o que se passava ali. Ela sem muita escolha decidiu ficar esperando, impaciente. Ao entrar no cemitério,  avista o ser parado mais adiante; e apoiando-se nos túmulos gelados por causa do sereno, agacha-se e o observa. O pio da coruja que acabava de pousar em uma das cruzes do local o fez desviar o olhar e em questão de segundos perdeu o ser de vista novamente.
Agora com medo decide voltar, mas era tarde. Ouve os gritos da namorada e logo que vira a cabeça a vê sendo arrastada, puxada pelos cabelos na entrada do cemitério. Ela se debatia, fazendo grande esforço para se livrar do que a puxava.  Ele corre na direção com a intenção de ajudá-la, mas o ser a arrasta para trás de um túmulo onde surpreendemente os gritos cessam.
Corre desesperadamente até lá e não vê ninguém, um silêncio total. Desnorteado começa a girar o olhar procurando-os… e  sem resposta desaba em lágrimas. O vento sopra fortemente quebrando o silêncio, nesta hora ele ouve um barulho de ferro sendo arrastado na sua direção. Provinha de um mangual que o ser trazia em uma das mãos, com a outra trazia sua namorada toda machucada, mal respirando. Soltando a moça o ser corre na direção dele e lhe acerta as costas. Ele cai gemendo de dor.
mangual
Ali caído, vê um jovem casal passando em frente ao cemitério e grita pedindo socorro, mas foi em vão. Eles até ouviram, mas não se convenceram. Ela despertando, junta seus últimos suspiros e solta um grito bastante agudo que despertou a curiosidade do casal fazendo-os che
gar em frente aos portões onde, simplesmente, ficaram paralisados. Foi quando os dois perceberam que já era tarde!

cemiterio

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